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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Designer cria lâmpada que funciona à base de tomate

Mas o que é isso? Uma mini horta de tomate? Não gente isso é mais uma nova experiência isso mesmo, mas com tomates. O fruto não pode ser consumido depois de usado para iluminar porque perde acidez.

Os benefícios do tomate para a saúde são bem conhecidos, mas ninguém nunca tinha pensando que o fruto pudesse servir para iluminar um quarto. O estudante de desenho industrial israelense Sigal Shapiro, que criou a original lâmpada-tomate teve a ideia há quatro meses. Em poucas semanas, a novidade teve grande repercussão em sites de design ecológico.

O método é bem simples: uma dúzia de tomates serve de bateria para uma lâmpada de pequenas dimensões coberta com ouro para alcançar a condução necessária. A lâmpada, que foi apresentada na feira de desenho que aconteceu em Milão (Itália) neste mês, recolhe a energia dos tomates aos quais são introduzidos zinco e cobre, que geram uma reação química proporcionada pela acidez dos frutos.

Seu autor faz parte de um projeto chamado d-Vision, com sede na cidade israelense de Herzeliya, ao norte de Tel Aviv, que promove bolsas de estudos e pós-graduação em desenho industrial.

Ezri Tarazi, chefe do programa d-Vision para jovens talentos do desenho industrial em Israel, comentou sobre esse tipo de iluminação. - A metáfora de todo o projeto é o fato de que atualmente a tecnologia LED se tornou suficientemente boa para substituir as luzes anteriores, pois consome um décimo da energia e tem maior vida útil. Nesse sentido, a exibição aposta pelo futuro da iluminação em virtude da revolução da luz LED.

O projeto tenta mostrar que com a LED não é necessário grande quantidade de energia, mas apenas tomates. Tarazi explicou que limões ou batatas também podem ser usados. - Não se trata de alta tecnologia, nos baseamos nos testes que todo aluno do ensino médio realiza no laboratório de física do colégio e que consiste em transformar uma fruta em bateria. Ele disse que o nome do desenho, Still Light, faz referência à expressão em inglês still life, que significa “natureza morta”. - Capturamos a vida de algo que vai morrer, e, nesse caso, capturamos a energia de algo perecível, pois o tomate apodrece e deixa de ser útil para o consumo no prazo de duas semanas.

Após a utilização do tomate como fonte de energia, ele não pode ser consumido, já que, segundo os criadores da lâmpada, o fruto perde suas propriedades ácidas. Os inventores destacam que, por enquanto, a peça desperta interesse apenas em colecionadores e em alguns museus, e que não pretendem aumentar a produção para uso doméstico.


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