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sábado, 12 de março de 2011

A mulher do século XXI


A mulher, ao longo da história, vem construindo sua identidade o que lhe outorga um lugar de destaque na vida contemporânea.


Fruto de uma sociedade patriarcal, em que a submissão era a tônica em sua vida: primeiro, a obediência ao pai, depois ao marido, ao irmão mais velho ou, a outro membro da constelação familiar, caso não chegasse a contrair núpcias. Por muitos séculos tornou-se uma figura representativa.


Aos poucos, foi-se dando conta da importância do seu papel no mundo moderno. Não só de fêmea, de esposa, de dona de casa, de mãe, de representante do sexo frágil. A delicadeza, ternura, beleza aparente foi-se desenhando em “persona” que busca construir sua verdadeira identidade diante de um mundo novo. Saiu da sala de jantar, da cozinha, do quarto de dormir e tomou assento na sala de estar, na varanda, participando da vida sociopolítica e cultural da sociedade. Não mais passivamente como antes, mas entendendo sua singularidade e pluralidade como mulher que avança na consciência e na dimensão de Ser Mais. Ser de transição que persegue o seu espaço, para, com a sensibilidade que lhe é peculiar, ajudar a mudar o mundo. Mulher que sabe o que quer e investe na conquista do seu lugar, de direito e de fato. A partir de então, invade ruas, praças públicas, cidades como cidadã, partícipe de um mundo que na sua dinâmica se redimensiona no dia-a-dia, exigindo posturas e atitudes mais concretas, comportamentos mais ousados e criativos, permitindo, assim, dar o pontapé inicial de uma revolução latente, no âmbito social, político e cultural, dantes inimagináveis.


Hoje, a mulher assumiu a faceta de intelectual, ser político e social sem receios e medos. Mostrou a sua capacidade de liderança, competência e, acima de tudo, está sempre pronta para o diálogo em todas as áreas do conhecimento. Antenada com o século XXI, dirige nações, participa de conselhos e consultorias, coloca-se no mercado como executiva, diretora e chefe de empresas, profissional liberal, sem abdicar do posto de mãe, esposa, dona de casa.


Sabe-se que, ainda, tem-se muito a percorrer no sentido das travessias, caminhos e veredas que precisam ser desbravados, principalmente em termos da educação e conscientização de milhares de mulheres que habitam os longínquos grotões deste Brasil afora e, por falta de oportunidade, não avançaram o suficiente. No entanto, percebe-se que as mulheres, em todas as classes sociais, estão mostrando vontade de galgar posições de destaque, junto com o homem, na vida cotidiana. Haja vista os exemplos de mulheres que chegaram lá, em postos de comando, tais como: Michelle Bachelet, no Chile, Cristina Fernandez, na Argentina, e agora, Dilma Rousseff, no Brasil,em se tratando de América Latina; Angela Merkel, na Alemanha, na Europa; na África, Ellen Johnson assumiu a presidência da Libéria; Corazón Aquino governou as Filipinas na Ásia, apenas para ilustrar esse quadro. Sucederam presidentes e ministros nos respectivos países e continentes.


Nessa perspectiva, vê-se que as novas gerações irão continuar na luta para a superação de obstáculos, a fim de que as mulheres possam, realmente, alcançar posições cada vez mais importantes na sociedade, mostrando, assim, sua fortaleza, desmistificando tabus em torno de sua figura.


Fonte:Maria Evan Gomes Bessa

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