Quando há dificuldades com a letra l, por exemplo, os exercícios envolvem a ponta da língua, com a leitura de diversas palavras na frente do espelho. Entre essas palavras, há algumas com a letra l, incentivando a pronúncia correta. "Porém, esses exercícios têm de ser divertidos, para estimular o envolvimento infantil", explica Thays.
Um bom exemplo disso é o exercício que envolve a letra z: a fonoaudióloga sugere que a criança imite o zumbido da abelha. Na letra l, a brincadeira é estalar a língua no céu da boca, como o trotar de um cavalo. "A criança precisa se interessar pelo exercício", completa.
Padrão respiratório
A consulta também pode ajudar o paciente a estabelecer um padrão respiratório. Como lembra Thays Vaiano, é muito comum crianças e adultos respirarem pela boca, o que diminui a imunidade e atrapalha a dicção.
Língua presa
Motivo de piada na época de escola, a fonoaudióloga afirma que muita gente confunde o significado de língua presa. "Na verdade, a língua é solta, passando dos dentes, o que dificulta a pronúncia de algumas letras", explica. Geralmente, a língua dessas pessoas é flácida e, segundo a especialista, exercícios para tonificar a língua melhoram a fala. "Quando há problemas com a pronúncia da letra t, por exemplo, o exercício indicado envolve a ponta da língua", explica.
Traumas na mandíbula
A fonoaudiologia ajuda também nos casos em que a mandíbula sofreu algum tipo de trauma e, por conta disso, surge dor na região, além de dificuldades na fala e problemas para articular a fala e a mastigação.Segundo a especialista, a articulação da mandíbula fica travada após um trauma e exercícios de fortificação muscular auxiliam na recuperação, além de exercícios de alongamento da musculatura.
Perda auditiva
Mesmo diante de uma perda grande da audição, a fonoaudiologia pode trabalhar a comunicação. Segundo Thays, há dois métodos utilizados com pessoas que perderam a audição: - compreender a fala: a fonoaudióloga ensina como entender a fala de outras pessoas que não sabem a linguagem de sinais.- reproduzir os sons: por método sensitivo, a pessoa com problemas auditivos coloca a mão na garganta da fonoaudióloga enquanto esta emite um som. "Diante da vibração que sente, a pessoa irá tentar reproduzir o som que a fonoaudióloga faz", explica a especialista.
Resistência da voz
Chegar ao fim do dia com a garganta doendo ou totalmente sem voz é sinal de alerta quando isso se torna uma rotina, fato muito comum em profissionais que usam muito a voz, como é o caso de professores que passam o dia alterando a voz por conta das aulas. A fonoaudiologia entra no cenário ajudando na resistência muscular da prega vocal, tratando ou melhorando a qualidade de voz.Thays Vaiano salienta que a rotina pode levar ao aparecimento de calo ou nódulo. O conselho da fonoaudióloga é, assim que o problema aparecer, ir ao fonoaudiólogo para que ele avalie se não há uma patologia e iniciar o aumento da resistência muscular da prega vocal. "Da mesma forma que o atleta precisa se exercitar para competir, a voz também precisa de exercícios", completa.
Disfagia
Há um profissional que trabalha em hospitais exclusivamente com pessoas que apresentam dificuldades para se alimentar após cirurgias ou acidentes que envolvam o uso de sondas. Deixar de usar a musculatura por um tempo pode fazer com que o alimento desça pela laringe, podendo provocar o engasgo e também pneumonia por aspiração. "Da mesma forma que a perna fica bamba quando o gesso acaba de ser tirado por um longo tempo, é preciso exercitar a musculatura da boca e da garganta novamente", afirma a especialista.
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