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sábado, 12 de março de 2011

Rede TV! fica com direitos de transmissão do Brasileiro de 2012 a 2014

Horas depois da desistência da Rede Record, o Clube dos 13 anunciou oficialmente nesta sexta-feira (11) que a Rede TV! venceu a licitação pelos direitos de transmissão das edições de 2012 a 2014 do Campeonato Brasileiro em TV aberta.
Alguns times, incluindo os dois de maior torcida no país, como Flamengo e Corinthians, por exemplo, não estão envolvidos no acordo, porque não aceitaram ser representados pelo Clube dos 13 durante as negociações.

A emissora fez o lance mínimo pedido pela entidade, de R$ 516 milhões por temporada, o que significa que pagará em torno de R$ 1,5 bilhão aos clubes.

Sem a participação da Record e também da Globo, que havia anunciado sua saída da disputa na semana passada, a entidade confirmou o negócio em seu escritório comercial, em São Paulo.

Apesar do tom oficial adotado pelo Clube dos 13, o assunto deve se arrastar pelos próximos meses, já que as agremiações dissidentes da entidade avisaram com antecedência que pretendem negociar com as emissoras de maneira independente. Ou seja: a decisão desta sexta só terá valor legal depois de assinada pelos clubes.

Globo, Record e Rede TV! haviam demonstrado interesse em participar da licitação conduzida pelo Clube dos 13. Insatisfeito com a conduta da entidade, o Corinthians foi o primeiro a abandonar o barco. Foi seguido imediatamente pelos quatro grandes cariocas (Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense).

O racha ficou evidente nos últimos dias, com Palmeiras, Cruzeiro e Santos, entre outros clubes, anunciando a disposição de negociar individualmente.

Diante da crise no Clube dos 13 e sem a cláusula de preferência que usou para garantir os direitos de transmissão do Brasileiro nos últimos anos, a Globo anunciou que não participaria da licitação. Na manhã desta sexta, a Record fez o mesmo.

Assim, a Rede TV!, candidata única, adquiriu os direitos para TV aberta. O Clube dos 13 anunciará ainda este mês os vencedores para as outras categorias: TV a cabo, pay-per-view, telefonia móvel e internet.

Fonte: R7

Japão enfrenta risco nuclear após terremoto

TÓQUIO (AFP) - Um nível de radioatividade mil vezes superior ao normal foi detectado em uma usina nuclear do nordeste do Japão, após o terremoto que abalou o país na sexta-feira, informou a agência Kyodo, citando uma comissão de segurança.

O nível de radioatividade registrado neste sábado na sala de controle do reator da central nuclear de Fukushima 1 é mil vezes superior ao normal, revelou a Kyodo.

Uma segunda usina nuclear japonesa, também situada na prefeitura de Fukushima, apresenta problemas de refrigeração após o terremoto.

Três reatores da central nuclear de Fukushima 2, localizada a 12 km da usina de Fukushima 1, perderam parte de sua capacidade de resfriamento, indicou a companhia Tokyo Electric Power (Tepco).

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu à população que observe um raio de 10 km de isolamento em torno da central nuclear de Fukushima, e admitiu o risco de vazamento, segundo a agência Jiji Press.

A medida de evacuação envolve cerca de 45 mil pessoas que vivem dentro do raio de 10 Km em torno do reator.

As duas centrais encontram-se a cerca de 250 km ao norte de Tóquio, na região afetada pelo violento terremoto de 8,9 graus de magnitude registrado na sexta-feira.

Kan deve sobrevoar de helicóptero a zona da central nuclear.

A Agência de Segurança Industrial e Nuclear admitiu que existe risco de vazamento radioativo no reator de Fukushima 1, mas sem ameaça para a população.

"Os habitantes estão convidados a evacuar a zona, mas com calma", disse um funcionário da Agência.

A TV estatal NHK revelou que o nível de radioatividade fora da central nuclear de Fukushima 1 é oito vezes acima do padrão, mas não representa qualquer risco à saúde da população.

Na sexta-feira, o governo japonês declarou emergência atômica e decretou um primeiro raio de isolamento, de 3 km, em torno de Fukushima 1.

O ministro do Comércio Banri Kaieda admitiu que um reator apresentava excesso de pressão após danos em seu sistema de resfriamento provocados pelo terremoto de 8,9 graus que sacudiu o arquipélago.

"A pressão aumentou no contêiner do reator e estamos tentando lidar com isso", disse à AFP um porta-voz da Tokyo Electric Power.

A Força Aérea americana enviou um líquido de resfriamento para a usina nuclear japonesa e a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou mais cedo que a ação foi tomada depois de operadores da usina terem afirmado que a instalação não tinha líquido suficiente.

Fonte: Yahoo

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ensino virtual sobra no ProUni

Sobraram quase 5 mil bolsas de estudo oferecidas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) nos cursos de ensino superior a distância. O número absoluto, de 4.813, representa 87% das bolsas remanescentes da primeira chamada do ProUni, o que significa que quase nove em dez bolsas que sobram no programa são do ensino a distância - no ano passado, foram sete em dez (70%).
Para o primeiro semestre deste ano, o MEC liberou 123.170 bolsas do ProUni e sobraram 5.526. Para a Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), a explicação para a sobra de bolsas é uma combinação de falta de interesse dos estudantes e resistência em relação aos cursos de educação a distância.

Especialistas no tema lembram que nem todas as instituições têm convênio com o ProUni e que outra explicação possível para as sobras diz respeito à rejeição de estudantes à entidade que oferece a bolsa. Os dados deste semestre são semelhantes àqueles do mesmo período do ano passado: as bolsas remanescentes representaram 4% do total da oferta.
Para o secretário da Sesu, Luiz Claudio Costa, fatores como a tradição do ensino presencial explicam o menor interesse do aluno sobre a graduação a distância. Mas o representante do MEC também enxerga outra explicação, mais ligada ao fator econômico.
'Existem casos em que as bolsas, na maioria, são parciais. Ou seja, o aluno ainda tem de pagar algo pelo curso', explica Costa.
Do total de quase 5 mil bolsas remanescentes do ProUni para a educação a distância, feita toda pela internet, 987 são para cursos integrais. 'Por serem uma inovação (o curso a distância), existe ainda uma resistência. Há uma necessidade de (o aluno) conhecer melhor o sistema e reconhecer a educação a distância como uma modalidade de ensino', afirma o secretário Luiz Claudio Costa.
O MEC abriu uma segunda chamada para bolsas do ProUni, mas os resultados só serão divulgados no próximo domingo, dia 13.
Outras hipóteses
Colaboradora da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), a professora Susane Garrido levanta outras duas hipóteses baseadas na sua experiência: pode haver falta de divulgação ou a faculdade que interessa ao aluno pode não possuir convênio educativo com o governo federal.
A questão principal para ela é a resistência a essa modalidade de ensino. A professora afirma que, em países como a Inglaterra e a Alemanha, todas as áreas do conhecimento possuem uma versão virtual - incluindo áreas tradicionais da saúde e da engenharia.
'Isso é possível desde que a estrutura e as tecnologias da instituição estejam adequadas às necessidades de cada curso', defende.
Vencer o preconceito, na opinião dela, é uma batalha que deverá durar ainda muitos anos.
'A resistência é política', diz ela, 'e não leva em conta a eficácia do curso, a instrumentação tecnológica e o aprendizado.'
Em São Paulo, o governo estadual encontrou no ensino virtual uma forma de expandir os cursos de formação de professores e ampliar o número de profissionais formados em todas as áreas.
Criada em 2009, a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), fez parceria com as universidades estaduais paulistas (Unesp, Unicamp e USP) e o Centro Paula Souza para abrir as vagas e pôr em prática graduações, pós-graduações e cursos profissionalizante semipresenciais.
Atualmente, segundo o governo estadual, são quase 5 mil vagas oferecidas pela Univesp para cursos superiores que duram até três anos. No caso de Pedagogia, por exemplo, a carga horária total é de 3.390 horas e 40% das aulas do curso são presenciais.
COMO PEDIR UMA BOLSA
PROUNI
A inscrição para bolsas do ProUni na modalidade de educação a distância (EaD) respeita o mesmo processo dos cursos presenciais
Os prazos para as bolsas também são mesmos e, se há sobras, o MEC realiza novas chamadas
CURSOS
O estudante que se interessar por um curso superior a distância pode consultar a página do MEC: http://emec.mec.gov.br
Na internet, estão disponíveis informações sobre instituições públicas e privadas, reconhecidas pelo MEC.
Fonte: Isis Brum ( Jornal Estadão)